2 de abr. de 2011

História Viva

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Hoje tive outra experiência fascinante. Encontrei ao caminhar uma senhora, e percebi que estava cansada e ofereci ajuda, pois estava encostada na parede e ao falar percebi que não era de nacionalidade brasileira. Ela me falou que era alemã e que desde 1957 estava no Brasil. Mas perguntei sobre sua idade , falou que tinha 88 anos, e disse de sua dificuldade em andar por conta de sentir muita dor em uma das pernas. Ela me falou que seu marido e filha, haviam falecidos e que existia só ela aqui no Brasil, onde morava sozinha, e que cuidava da casa e todas as coisas, como lavar roupa, cozinhar e limpar a casa, fiquei admirada por tudo que faz. Perguntei se ela chegou a conhecer os campos de concentração. Ela ficou em silêncio e se calou mediante a pergunta, deixando a entender as marcar tristes daquele período e a respeitei e não toquei mais no assunto. Me despedi, pois tinha que seguir meu caminho e ela com sua calma e paciência seguir o seu.
Mas seguindo meu caminho me veio uma tristeza e vontade chorar e senti como é difícil viver sozinha e pra ela sem seu marido e filha com uma idade já tão avançada e carregar as marcas tristes da história de seu país.
Não perdi a chance de falar com a história, muitas vezes vemos pessoas idosas caminhando, e nem ligamos. E saber que são constituídos da história viva.

Prazer em conhecê-la.

Historiadora - Cláudia Aparecida

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