Hoya carnosa: a flor-de-cera é uma das plantas ornamenitas que absorvem
poluentes típicos de locais fechados
Se o ar que respiramos na rua não é tão puro quanto deveria, o problema pode ficar ainda maior em ambientes fechados.
Dentro de casa, ou escritório, a qualidade do ar é bastante preocupante. Em algumas áreas, os ambientes fechados possuem até doze vezes mais poluentes que o ar externo.
Tintas, vernizes, adesivos, móveis, roupas, solventes, materiais de construção e até mesmo água encanada contém os chamados compostos orgânicos voláteis – uma lista que inclui benzeno, xileno, tricloroetileno entre outros.
As doenças associadas a pessoas expostas a esse tipo de poluente vão de asma e náuseas a câncer e problemas reprodutivos. Por isso, Stanley J. Kays, da Universidade de Georgia, na Grécia, liderou um estudo para testar se plantas ornamentais eram capazes de remover esses compostos do ambiente – já que, em países desenvolvidos, chega-se a passar até 90% do tempo em locais fechados.
Ele e sua equipe testaram 28 plantas comuns, cultivadas por oito semanas e depois aclimatizadas a um ambiente interno por três meses antes de serem colocadas em jarras de vidro de 10,5 litros fechadas. Elas foram expostas a benzeno, TCE, tolueno, octano e alfa-pineno.
Amostras de ar foram analisadas por três e seis horas depois da exposição e, de todas as plantas, quatro mostraram índices de absorção bastante altos para todos os compostos: a Hemigraphis alternata (Asa de barata), Hedera helix (hera), Hoya carnosa (flor-de-cera) e Asparagus densiflorus (aspargo pluma).
Já a Tradescantia pallida (trapoeraba roxa) mostrou eficiência ainda maior em apenas quatro dos compostos – benzeno, tolueno, TCE ealfa-pineno.
O estudo foi publicado na HortScience. Via Info.